19 de março de 2012
Ao todo, o Rio de Janeiro conta com 445 mil grelhas (as tampas dos bueiros da rede de captação) em seu sistema de escoamento das águas pluviais. Perto disso, a compra de 600 novas peças parece pequena. Entretanto, para o secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, a aquisição representa uma solução prática para os roubos, ao mesmo tempo que é uma mudança de padrão voltada para a sustentabilidade.
São peças experimentais, de plástico reciclado, que, se bem sucedidas, podem vir a ser utilizadas na rede inteira. “A Prefeitura do Rio tem a sustentabilidade como uma de suas metas. As grelhas são bons exemplos disso. Hoje a maioria das grelhas da cidade é de ferro fundido, e nosso objetivo foi encontrar alternativas para tornar disponível um produto novo e que garanta a qualidade.
Além disso, com este material que não tem valor de revenda por ser de fibra plástica, conseguiremos resolver parte do problema dos furtos, mantendo qualidade e segurança para a população do Rio”, diz o secretário, em nota. Segundo as estimativas atuais da secretaria de Conservação, 300 grelhas são furtadas por mês, o que representa prejuízo anual de R$ 720 mil aos cofres públicos.
Para Osório, o problema das grelhas não chega perto do enfrentado pela cidade no caso dos cabos de eletricidade, dos quais, segundo dados da prefeitura, 44 mil metros foram roubados apenas em 2011, custando R$ 700 mil ao município, mas ainda é sério. “No caso das novas grelhas, por serem de plástico, esperamos que isso resolva o problema e ainda gere economia aos cofres públicos. Outro exemplo que nos deixa em alerta são os roubos de cabos e materiais elétricos nos túneis.
Para tentar diminuir esse tipo de caso, a medida adotada é substituir e remanejar a rede de equipamentos elétricos para o meio das abóbodas, dificultando o acesso às peças, como está sendo feito nos túneis Zuzu Angel e Acústico”, acrescentou Osório.
Segunda a assessoria da secretaria de Conservação, as novas grelhas começarão a ser instaladas até maio, e o trabalho terá início pelo Centro e pela Zona Norte da cidade, áreas com maior incidência de furtos. Bairros como Madureira, Penha e Jacaré estão entre os beneficiados.
Fonte: O Globo.