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Após ano fraco, indústria recupera otimismo

Depois de enfrentar um ano de crescimento modesto, os fabricantes de computadores que atuam no Brasil olham com otimismo para os próximos três meses. Eles preveem uma aceleração no aumento das vendas, sustentada pelas encomendas do varejo e por uma possível retomada das compras governamentais. Ao que tudo indica, os tablets ganharão mais importância neste Natal, assim como alguns modelos de notebooks.

A consultoria GfK Retail and Technology Brasil estima um cenário “positivo” para as vendas no varejo, principalmente de tablets, que desde o ano passado foram incluídos no Processo Produtivo Básico (PPB), passando a ser comercializados com IPI reduzido de 15% para 3% e com alíquota zero de PIS/Cofins, que antes era de 9,25%. “O benefício fiscal contribuiu para o lançamento de marcas com preços mais baixos e estimulou a fabricação local”, disse Claudia Bindo, analista da consultoria.

De acordo a consultoria, de janeiro a agosto deste ano, as vendas de tablets cresceram 267% em volume e 112% em receita. O número de marcas disponíveis no mercado aumentou de 4 para 22 e o preço médio baixou 39%, de R$ 1.698 para R$ 968. Os modelos de baixo custo foram os que mais cresceram. Tablets vendidos a menos de R$ 500 já representam 30% das vendas totais desses dispositivos no varejo brasileiro.

A Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti) também prevê melhora nas vendas de computadores no país no quarto trimestre. “Os primeiros meses foram mais fracos, mas com a demanda atual devemos encerrar o ano com um crescimento semelhante ao do ano passado”, disse Mariano Gordinho, presidente da Abradisti.

Gordinho cita dados da consultoria IDC, que indicaram crescimento de 7% nas vendas do primeiro semestre, para 7,8 milhões de unidades. Ele prevê uma aceleração no quarto trimestre, de modo que o setor pode encerrar o ano com vendas de 10% a 12% maiores em relação a 2011, podendo chegar a 16,8 milhões de PCs vendidos. Na avaliação do executivo, o principal impulsionador do mercado serão os tablets, cujas vendas chegarão a 2,6 milhões de unidades, ante 800 mil no ano passado. No primeiro semestre, segundo a IDC, as vendas de tablets aumentaram 275%, para 606 mil unidades. E é esperado um ritmo de crescimento mais forte no fim do ano.

Segundo a GfK, de janeiro a agosto, as vendas de notebooks cresceram 44%. Esse segmento já responde por 65% do mercado total de PCs no país. Os preços dos notebooks, segundo a GfK, também baixaram, mas em um patamar mais tímido. No ano, houve queda de 10% no preço médio, para R$ 1,1 mil.

Raymundo Peixoto, diretor-geral da Dell Brasil, estima um crescimento nas vendas de PCs no quarto trimestre, com demanda mais forte do varejo por tablets, notebooks, ultrabooks – portáteis ultra-finos – e os modelos “all-in-one”, com tela e processador central integrados.

O executivo também prevê uma retomada das encomendas de empresas e governos. “Há uma demanda reprimida por computadores na área empresarial e governamental desde 2011 e a expectativa é que esses segmentos de clientes voltem às compras no fim deste ano e começo de 2013”, disse Peixoto. Sem citar números, o executivo disse que a Dell cresceu acima da média do mercado este ano com a oferta de produtos de maior valor adicionado. A demanda aquecida foi verificada principalmente em ultrabooks e tablets.

O cenário também está mais favorável para a Hewlett-Packard (HP), com destaque para notebooks e PCs “all-in-one”. A companhia é a única que ainda não lançou tablets; seu primeiro modelo está previsto para 2013. Luiz Mascarenhas, diretor de computação pessoal da HP Brasil, disse que espera uma melhora nas vendas do varejo no último trimestre, mas para empresas, só em 2013.

A Itautec, que também destina boa parte da sua produção ao mercado empresarial, prevê uma retomada das encomendas de empresas e governos. “O crescimento mais fraco do PIB [Produto Interno Bruto] fez com que o governo e muitas empresas deixassem de investir na renovação de seus parques de computadores”, afirmou José Roberto Campos, vice-presidente de computação da Itautec. Ele espera que haja uma retomada de licitações de compras de PCs que deveriam ter sido feitas por governos estaduais e federal no primeiro semestre, mas não foram realizadas.

A companhia acumula nos nove primeiros meses um prejuízo líquido de R$ 18,5 milhões, ante um lucro de R$ 30 milhões no mesmo período de 2011. Embora a receita de vendas tenha aumentado 8,6%, para R$ 1,16 bilhão, a Itautec se deparou com um aumento significativo nos custos de produção, além da queda da demanda na área empresarial.

A Sony do Brasil, que produz linhas mais voltadas para o consumo residencial, experimentou um crescimento de 50% nas vendas no acumulado de 12 meses até outubro. Glauco Rozner, gerente-geral da categoria de notebooks e tablets da companhia, estima que as vendas do fim do ano continuarão bastante aquecidas. “Houve um aumento muito forte nas vendas de notebooks e de tablets e a tendência é de crescimento, com a chegada das promoções de fim de ano”, disse.

Fonte: Valor Econômico

 

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