22 de setembro de 2015
Neste canal, o associado Marcelo Prevideli, proprietário da Plastomero e Diretor Financeiro do Simpep, faz um desabafo sobre a atual situação econômica do País, contextualizando o cenário do segmento industrial do plástico e a crise energética.
Na avaliação de Prevideli, os industriais estão sendo duramente penalizados:
“Por favor, apague as luzes ao sair… Acho que esta será a última frase na tentativa de encontrar uma saída para a grave crise energética que nos está vitimando um a um, num país onde a indústria já não presta mais ao seu objetivo de gerar empregos e riqueza para uma nação na busca do tão sonhado primeiro mundo”, desabafa.
Segundo o empresário não há uma política pública para o setor de energia elétrica:
“A falta de uma política pública para o setor de energia elétrica esta nos matando e a conta esta sendo paga por todos os cidadãos e por todos os seguimentos da economia”, adverte Prevideli. Não temos defesa, apenas acatamos e iniciamos freneticamente estudos por caminhos alternativos que ontem não seriam viáveis: energia solar, energia eólica , etc. Que inveja quando olhamos o custo da energia mundo afora”.
Marcelo Prevideli questiona a forma como a sociedade está lidando com a situação e defende a necessidade de uma reflexão:
“Como podemos aceitar tamanha irresponsabilidade, de forma tão apática!!!!! Se por centavos no custo do transporte paramos o país indignados com tamanha afronta, o que faremos com os reajustes nas tarifas de energia elétrica ao longo dos últimos meses? E a cereja do bolo na festa dos aumentos chama-se TARIFA VERMELHA!!!!!.Discussões jurídicas, iniciadas com uma avalanche de ações estão em curso, porém como tudo aquilo que não queremos solução no curto prazo sabemos que basta buscar a justiça.”
Prevideli fala sobre a situação, que segundo ele já está crônica:
“Em nosso setor estamos vendo diariamente o depoimento de empresas que estão em situação crônica e que até o final do ano , com base no cenário que se apresenta, estarão encerrando suas atividades, pura e simplesmente pela falta de viabilidade. O efeito dominó esta em ação, aumento de energia gera aumento de custo, que gera queda de vendas, que gera que queda de impostos, que gera novos aumentos de impostos, que gera desemprego, que gera volta da inflação, que gera perda de poder aquisitivo e assim vai…”.
Ele finaliza oferecendo alternativas e conclamando os empresários para ludibriar o pessimismo:
“A desigualdade existe como em tudo nesse país e se mostra claramente, pois a energia não tem custo igual para todos. Vejam a distribuição dos aumentos pelas regiões de nosso país. Mas existem caminhos, podemos comprar energia no mercado livre a custos mais competitivos, basta estar habilitado para esta oportunidade. Como podemos entender que a mesma energia que chega pelo poste de entrada e passa pelo seu medidor de ultima geração pode ter preço diferenciado. Fica fácil concluir quem realmente pagará a conta. Vamos continuar tentando, ludibriando o pessimismo e lutando para encontrar meios para ajustar os custos a esta variação abusiva no preço de energia , mantendo a esperança , mantendo os empregos mesmo sem pedidos. A luz no fim do túnel foi apagada por motivo de economia!!!”.