24 de setembro de 2013
Equipamento é boa oportunidade para quem quer começar um negócio.
Empresário faz 4 mil displays e fatura R$ 30 mil por mês
Uma boa oportunidade para quem quer começar seu próprio negócio são as máquinas dobradeiras, de baixo investimento. Em São Paulo, uma pequena empresa fabrica as máquinas, que produzem displays, placas, porta-trecos e bandejas de acrílico e PVC.
A máquina de dobrar plástico, por exemplo, faz caixas, bandejas, porta-retratos, urnas e expositores. A dobra é feita por calor. A máquina funciona com um fio de niquel cromo, que esquenta até mil graus.
A chapa de plástico é colocada em cima do fio já quente e o plástico amolece. Depois, é necessário ir no gabarito e formar o ângulo, esperar um pouquinho para esfriar e fica pronto, sem nenhuma marca, um display de propaganda.
Quem desenvolveu a máquina foi o técnico em eletrônica Alexandre Paschoalino, que era dono de uma empresa de comunicação visual e precisava de um equipamento para dobrar as peças. Ele investiu R$ 30 mil em matéria-prima e testes, e, em três meses, fez a máquina. Em julho de 2012, Alexandre e a irmã Ana Paula lançaram o equipamento.
“O mercado é bastante amplo, porque ele pode não só atuar em comunicação visual como com brindes, fotografia, decoração, imobiliário, o ramo é bem amplo”, disse Ana Paula. “A gente criou uma máquina que não tinha no mercado, fácil de manipular, de baixo investimento e que ganha muita produtividade. Ajuda muito meu cliente final. Eu acredito que seja assim: inovação e identificação da necessidade do cliente.”
A estrutura da máquina é toda de madeira cortada em uma serra eletrônica. Na hora de montar, não vai um pingo de cola. Os pedaços, 20 ao todo, são todos encaixados e parafusados. Depois é instalada a central de controle e o fio de metal. O equipamento tem um gabarito para regular o ângulo da dobra – aberto, reto, fechado.
A máquina trabalha com qualquer tipo de plástico. Desde 0,5 mm de espessura, que se transforma, por exemplo, numa etiqueta de preço, até plástico super-resistente de dois centímetros de espessura, para fazer bancos.
São quatro modelos do equipamento. O mais barato dobra peças de até 60 cm de comprimento e custa R$ 2.780. Os modelos a partir de R$ 5 mil dobram peças de até dois metros de comprimento.
“Junto com a máquina, a gente oferece uma consultoria para o negócio do cliente. Ele tem vídeo-aula, ganha gabarito, perguntas frequentes no site. A gente viabiliza o negócio para ele, ajuda o cliente a vender, calcular custo de dobra, tempo.”
A dobradeira derruba os custos para quem produz peças de plástico. Por exemplo, por R$ 14, você compra uma chapa com dois metros de comprimento. Você mesmo corta, com estilete. Com uma chapa, dá para fazer 40 porta-retratos. Como são peças pequenas, é possível produzir em série, dez por vez.
“Você tem uma média de custo de R$ 0,35 de plástico, e uma foto colocada, mais R$ 1, e você consegue vender por R$ 5 um display, atendendo principalmente buffets”, diz Alexandre.
Marcos Rodrigues é cliente da fábrica. Ele faz peças em acrílico para lojas e condomínios. São bandejas, expositores, gavetas e caixas. Antes de comprar a máquina, ele usava uma resistência improvisada, igual à de chuveiro, para dobrar as peças. Em fevereiro deste ano, comprou a dobradeira. A produção aumentou. As vendas também. E em dois meses ele recuperou o investimento.
“A máquina está sendo ótima para mim porque o que ela faz adianta muito o trabalho. Em 100 peças, antes de ter ela eu demoraria seis horas, hoje com ela em duas horas eu dobro cem peças”, afirma.
Atualmente, Marcos faz 4 mil displays e fatura R$ 30 mil por mês. “Não falta cliente nem pedido, tem desde o condomínio para colocar aviso no elevador. Grandes corretoras para colocar seus folhetos, até a pizzaria da esquina usa o porta-folheto para colocar sua propaganda de pizza”, afirma.
Fonte: G1