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JURO SOBE, INDÚSTRIA CAI E CENTRAIS VÃO ÀS RUAS

Mais de 6 milhões de trabalhadores devem aderir hoje ao Dia Nacional de Lutas, e os protestos ganharam combustível extra após um dia de más notícias na economia: o BC elevou a Selic para 8,5%, houve queda no emprego industrial e o dólar fechou em R$ 2,27, maior cotação desde 2009

Trabalhadores prometem cruzar os braços hoje no país. Cinco mil marcharão em Brasília

Cerca de seis milhões de trabalhadores devem aderir hoje ao Dia Nacional de Lutas, segundo estimativa da Força Sindical. Em Brasília, 5 mil pessoas são esperadas na marcha entre o Museu da República e o Congresso Nacional, a partir das 15h. O movimento promete paralisar setores estratégicos como portos, rodovias, bancos e construção de aeroportos apesar do aviso categórico do governo de que não vai permitir que as atividades de infraestrutura sejam interrompidas, conforme falou ao Correio, na edição de ontem, o ministro Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União (AGU).

O movimento, que inicialmente contava com a adesão, basicamente, de empregados do setor privado, já foi engrossada por estudantes, técnicos administrativos de universidades, rodoviários, sem terra, agentes penitenciários de Brasília e servidores públicos federais. Os funcionários da Esplanada dos Ministérios serão liberados mais cedo para participar da mobilização, segundo informações do Sindicato dos Servidores Públicos Federais. O Partido dos Trabalhadores (PT) também deve marchar junto ao movimento e é, inclusive, acusado pelos sindicalistas de tentar se infiltrar nas manifestações com objetivo de levantar bandeiras favoráveis ao Palácio do Planalto.

Interrupções

A maior preocupação do governo, no entanto, é que as atividades estratégicas sejam interrompidas. Os funcionários do porto de Santos iniciaram as paralisações ontem, ao impedir o embarque e desembarque de 13 navios. Hoje, portuários deverão cruzar os braços por 12 horas na maior parte do país. A categoria está apreensiva com a privatização dos terminais e receia que haja perda de postos de trabalho e benefícios, segundo a Federação Nacional dos Estivadores.

Já os bancários devem interromper o atendimento nas agências do Rio de Janeiro e de São Paulo até as 12h e em Minas Gerais durante todo o dia. Em Brasília, as instituições financeiras funcionam normalmente. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) divulgou que considera as paralisações um “desrespeito à lei de greve”, já que a categoria possui uma convenção coletiva vigente e não há nenhuma negociação salarial em andamento.

As rodovias, sobretudo paulistas, também devem ser interrompidas. O intuito, segundo o presidente da Cental Sindical e Popular (CSP Conlutas), José Maria Almeida, é fechar as vias Presidente Dutra, Ayrton Senna, Bandeirantes, Raposo Tavares e Regis Bitencourt, além da BR-101, que sai do Rio Grande do Norte e atravessa 12 estados. Metrôs e ônibus de São Paulo vão seguir o exemplo e parar ao menos por algumas horas. Por isso mesmo, o Palácio do Planalto já avisou que poderá recorrer a medidas judiciais para impedir as interrupções. Em Porto Alegre, a Justiça do Trabalho expediu liminar ontem mesmo para evitar a greve do transporte público.

O principal objetivo dos manifestantes é trazer à tona pauta que, segundo os sindicalistas, foi entregue à presidente Dilma Rousseff em 2010 e que inclui o fim do fator previdenciário, jornada de 40 horas semanais sem redução de salário e reajuste para aposentados. O impacto estimado nos cofres públicos com o atendimento das reivindicações é de R$ 5 bilhões. Além disso, cada categoria que aderiu ao movimento possui pautas específicas. Os servidores federais querem a antecipação para 2014 da parcela do reajuste de 15,8% prevista para 2015.

“Entregamos a pauta sindical à presidente Dilma e não houve avanço. O governo alega que muita coisa depende do Congresso. Então, o alvo agora dos protestos são os dois poderes: Executivo e Legislativo”, afirmou o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto. Ele ressaltou que os protestos pretendem apenas atrasar a abertura dos estabelecimentos. “Não se trata de greve geral. São atos, paralisações e atrasos na abertura de agências bancárias e fábricas. Apenas os rodoviários e os metroviários farão greve”, explicou. (Colaborou Antonio Temóteo)

Trânsito na Esplanada

Durante a manifestação, o trânsito na Esplanada dos Ministérios poderá ser interditado em todas as faixas a partir do Complexo Cultural da República, onde os trabalhadores vão se concentrar. Porém, a decisão será tomada somente na hora do protesto e, se houver necessidade, destacou o capitão Everaldo Aragão, chefe administrativo do BPTran. Ao todo, 27 policiais militares terão a função de organizar o fluxo de veículos.

Fonte: Correio Braziliense

 

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