12 de setembro de 2011
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o faturamento das empresas cresceu, em julho, 0,6% frente ao mês anterior, mas o nível de utilização de capacidade instalada das fábricas apresentou retração, passando da média de 82,4% em junho para 82,1%.
O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, explica que o recuo da UCI confirma o arrefecimento da atividade industrial nos últimos meses. “A tendência é de que essa desaceleração continue. Teremos um Natal menos favorável à indústria brasileira, com maior consumo de produtos importados”, previu.
Por sua vez, o mercado de trabalho ficou estável na indústria. O indicador do emprego sem influências sazonais avançou apenas 0,1% em julho ante o mês anterior. A massa salarial e o rendimento médio real do trabalhador da indústria tiveram aumento no período de 3,5% e 3,3%, respectivamente, de acordo com indicadores sem ajuste sazonal. Segundo o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Rogério de Souza, não existe contradição entre o aumento do faturamento e a queda da produção. Isso ocorre por causa do aumento do volume de componentes importados por parte da indústria, ele explica.
Mesmo o aumento do faturamento não foi generalizado. Entre os 19 setores analisados, na comparação com o mesmo mês de 2010, há piora no faturamento em julho para oito deles, entre os quais máquinas, aparelhos e materiais elétricos e papel e celulose.
Fonte: Diário do Grande ABC