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Abiplast alerta sobre efeitos da pandemia e das tarifas de importação

Em artigo publicado pelo O GLOBO, a jornalista Mírian Leitão,  entrevista o presidente da Abiplast, Ricardo Roriz, que se pronuncia sobre os efeitos da pandemia e das tarifas de importação. Leia o artigo na íntegra, a seguir:

“A indústria que produz plásticos diz que há desabastecimento de insumos e aumentos de preços que chegam a 82%, como no caso do PVC, plástico usado em embalagens de refrigerantes, água, alimentos e remédios. Segundo o presidente da Abiplast, associação que representa a indústria do plástico, José Ricardo Roriz, o setor enfrenta os efeitos da pandemia, mas também um monopólio praticado pela Braskem, maior produtora de resinas, ao mesmo tempo em que o governo federal mantém elevadas as tarifas de importação.

– Há mais de seis meses, estamos tendo problemas com abastecimento de resinas termoplásticas. Não há quantidade suficiente e há muitos repasses de preços na cadeia. Internamente, a Braskem tem monopólio de mercado na produção das principais resinas, e com isso ela consegue repassar o aumento do dólar e do petróleo. Os insumos acompanham as cotações internacionais, mas aqui custam 30% a mais porque há barreiras comerciais elevadas que dificultam a importação – explicou Roriz.

Os preços das resinas também estão em alta lá fora porque a pandemia desestruturou o setor e elevou bastante o custo do frete. No Brasil, segundo Roriz, o cenário fica pior porque as tarifas de importação são elevadas, de 14%, e o governo adota políticas de antidumping, que encarecem ainda mais os preços do importado. O dumping é quando um país tenta exportar para o Brasil a preços inferiores aos praticados internacionalmente. Na visão da Abiplast, a política não faz sentido.

– Esse antidumping não tem razão de ser. Por que o Brasil protege o monopólio da Braskem, se já tem imposto de importação acima da média internacional? Aqui é 14%, na OCDE, é 6%. O ministério alega que ele está fazendo análise sobre o que vai fazer, mas a pressão sobre eles é grande para que a política seja mantida – explicou.

A Braskem é controlada pela Odebrecht, que está em recuperação judicial, e pela Petrobras, que tenta vender a sua parte. Um dos problemas para a conclusão da venda é que o mercado quer precificar a empresa sem levar em conta essa proteção de mercado. Com isso, o negócio não anda”.

 

FONTE: JORNAL O GLOBO – COLUNA MÍRIAM LEITÃO

Link: blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/industria-de-plasticos-diz-que-enfrenta-monopolio-e-custos-sobem-ate-82.html

 

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