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Guedes sinaliza que reformas voltarão, avançando nas privatizações, na abertura de mercado e na reindustrialização

O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu novas reformas econômicas para logo após as eleições municipais e disse que ainda não se pode cravar uma segunda onda de covid-19 no país. A reportagem do Valor Econômico, desta terça-feira (24), destacou que em pronunciamento do ministro disse que o Governo vai “partir para o ataque” no ano que vem, avançando nas privatizações, na abertura de mercado e na reindustrialização do país e que, pelo governo, o auxílio emergencial será extinto no fim do ano.

O  discurso aconteceu no seminário “Visão do Saneamento – Brasil e Rio de Janeiro”, organizado pelo jornal “O Globo” e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Guedes citou as reformas administrativa e tributária, além das novas regulamentações para o gás natural e a cabotagem.

Ele afirmou que o governo tem sim “uma pauta com baixo custo político e alto retorno social” para este fim de ano e o início de 2021.

O ministro reconheceu que o governo do presidente Jair Bolsonaro cometeu erros na seara econômica em seus dois primeiros anos. Seriam os casos dos programas de expansão de crédito e do programa de privatizações que, em suas palavras, não avançou, mas continua sendo uma prioridade do Planalto.

Mas o ministro afirmou que, mesmo assim, a economia “está voltando com força”, ao contrário do que diziam as expectativas iniciais de economistas nacionais e internacionais de que o Produto Interno Bruto (PIB) poderia cair até 15% em 2020.

Ele disse que a economia brasileira se recupera em “V”, com recuperação do emprego. Segundo Guedes, a partir de julho, foram criados 500 mil novos postos de trabalho; em agosto, 250 mil; e, em setembro, 250 mil.

Os dados de outubro ainda não foram divulgados, mas, ele disse esperar uma “desaceleração natural” no indicador.

“Temos a possibilidade de chegar ao fim do ano perdendo menos empregos do que perdemos na recessão auto-imposta em 2015 e em 2016. A redução de empregos ficará entre um quinto e um terço da quantidade perdida nas crises anteriores”, disse ele.

Guedes disse ainda que, ao não conceder aumentos ao funcionalismo por três anos, o governo já iniciou uma reforma administrativa antes mesmo de o projeto tramitar no Congresso.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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