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Abiplast aponta desequilíbrio e aumentos de preço generalizados em resina até fim do ano

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O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, abordou a questão do aumento de preços das resinas em matéria publicada pelo Valor Econômico,  hoje (08/07).

A demanda sazonalmente mais robusta e oferta ainda limitada de polímeros, com destaque para o polietileno dos Estados Unidos e às dificuldades logísticas que persistem na Ásia, devem provocar desequilíbrio e aumentos de preço generalizados, na avaliação de consultorias e transformadores.

“A oferta está mais balanceada porque está entrando mais importado. Se os volumes adicionais de PP e PVC pararem de entrar, vamos ter problema de abastecimento, até porque o mercado está melhorando”, alerta  José Ricardo Roriz Coelho. Historicamente, o Brasil importa entre 25% e 30% do total de resinas que consome.

Análise da S&P Global Platts Analytic

A S&P Global Platts Analytics traz apontamentos na mesma direção – de demanda aquecida, oferta apertada e preços em elevação – em relatório de expectativas para o setor petroquímico na América Latina no segundo semestre.

Na região, diz a consultoria, os convertedores preveem dificuldades no suprimento de polímeros, em um momento de forte demanda local, e a expectativa é que a escassez se estenda até 2022.

O cenário favorece a alta dos preços do polietileno, polipropileno e PVC na região, embora fontes do mercado vejam pouco espaço para que os preços subam acima dos níveis [recorde] vistos no primeiro semestre”, escreveram Guilherme Baida, Flávia Alemi e Kristen Hays, da S&P Global Platts.

Desvalorização das moedas

Além da oferta apertada relativamente à demanda, a desvalorização das moedas da região frente ao dólar deve levar ao aumento dos preços praticados pelos produtores locais, acrescentam.

No primeiro semestre, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast), Laercio Gonçalves, a maior importação de PP e PE levou à queda dos preços. E a demanda, ao menos no elo da distribuição, perdeu força após a recomposição dos estoques. “Abril, maio e junho foram meses com quedas de até 50. Agora o mercado voltou a reagir”, conta.

Os distribuidores também trabalham com a expectativa de demanda mais forte entre agosto e dezembro, em movimento que deve ser forte o suficiente para compensar o recuo visto no segundo trimestre.

Por causa da escassez de PVC e PP no mercado doméstico, o governo brasileiro reduziu temporariamente as alíquotas de importação no primeiro semestre, estimulando as compras externas.

Cadeia global ainda sofre efeitos da pandemia

Mas a própria cadeia global de suprimentos de polímeros ainda não se recompôs dos efeitos da pandemia, que impulsionou o consumo de produtos que levam resinas, como equipamentos de proteção e embalagens descartáveis, ao mesmo tempo em que derrubou a produção das matérias-primas.

A escassez de oferta empurrou os preços para níveis históricos no primeiro semestre, tornando a direção das cotações incerta para o restante do ano. Uma onda de variantes do novo coronavírus também gerou novas medidas de distanciamento social no segundo trimestre, com o Brasil como epicentro”, aponta a S&P.

Conforme a consultoria, as incertezas relativas a novas variantes e velocidade de avanço da vacinação na América Latina deveriam ter reflexos na atividade industrial e no consumo, e levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a revisar de 4% para 2,5% a projeção de crescimento do PIB regional.

No Brasil, a expectativa de avanço na vacinação “dá uma perspectiva mais otimista para a economia do país até o fim do ano”, acrescenta.

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