16 de novembro de 2016
O Brasil vive uma intensa busca por ética e um novo ordenamento político que envolve rupturas com antigos padrões e adaptabilidade a contextos inesperados de mercado começa a ser desenhado.
No cenário mundial, o desfecho da eleição presidencial nos EUA também nos apresenta mudanças e pode colocar em risco a dinâmica do comércio internacional, com a já anunciada política radical de protecionismo de Donald Trump.
Portanto, mudança e adaptabilidade são questões centrais que devem fazer parte do cotidiano dos empresários do setor de transformados plásticos, e de todo o mundo, no próximo ano.
Ainda no fim deste exercício, espera-se outro contexto de mudanças que pode ser deflagrado com a estratégia de delação da Odebrech, onde 53 executivos e outros 32, que depõem como lenientes, serão ouvidos na Operação Lava-Jato. Algo que pode mudar os rumos não apenas da política, em organizações importantes de nosso setor.
O resultado desta operação deve atingir, em cheio, a cadeia do plástico. Fala-se em possível venda da Braskem, petroquímica fabricante de resinas controlada pela Odebrecht, que tem a Petrobras como sócia (e que também pretende sair do setor).
A ideia é evitar que as empresas sofram eventuais reveses que podem surgir a partir destes depoimentos, trazendo riscos concretos de perdas financeiras para os acionistas, especialmente com o pagamento de multas em casos de condenações e desvalorização de papéis negociados com a NYSE, a Bolsa de Nova York (autoridades americanas não vão deixar passar).
Sendo assim, com tantas mudanças, temos pela frente dois grandes desafios: p de enfrentá-las e o de saber lidar com o novos contextos de mercado, que ainda serão desenhados.
Obviamente, esperamos o melhor, minimamente que se conquiste maior transparência na negociação da matéria-prima, estancando o canibalismo em nosso setor e punindo os responsáveis por tanta corrupção.
Uma prova da braveza e da crença do empresariado, especialmente no Paraná, é que o ICIT-PR (Índice de Confiança da Indústria de Transformação – Paraná), apesar do cenário de incerteza, subiu +1,7 pontos em setembro passado, sinalizando um novo otimismo depois de quase três anos. A tendência é que continue a subir este mês.
Portanto, agora é o momento de cobrar celeridade dos governantes, para que se tenha novos investimentos no Brasil.
Não podemos esperar por respostas! Vale lembrar que 2017 vai pavimentar a sucessão de 2018 e temos que ficar de olhos bem abertos, juntos e mobilizados em torno dos temas de interesses de toda a cadeia de transformados plásticos.
Desejo, assim, que o Ano Novo nos reserve muitas alegrias e renove em nós a capacidade de superação.
Um Feliz Natal!
Denise Dybas Dias
Presidente do Simpep