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Braskem prevê voltar a investir

Quase um ano depois de impor um maior rigor financeiro, considerando o cenário adverso para o setor petroquímico, a Braskem planeja retomar seus investimentos. “A companhia já começa a avaliar seu portfólio para retomar os investimentos no país”, disse Carlos Fadigas, presidente do grupo.

Fadigas não deu prazos de quando poderá voltar a investir. Nesse pacote, a petroquímica não incluiu o projeto Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), que está previsto para entrar em operação em 2018, nem os projetos de resinas verdes. “Nos últimos meses, estávamos pedindo medidas de incentivo ao governo, que anunciou a desoneração do PIS/Cofins. Agora vamos cumprir com a nossa parte.”

O anúncio foi feito ontem durante a divulgação de resultados da companhia. Depois de fechar 2012 no vermelho, a companhia reportou lucro líquido de R$ 227 milhões no primeiro trimestre, aumento de 49% sobre igual período do ano passado. A receita líquida do grupo encerrou o período em R$ 9,296 bilhões, alta de 15% sobre o primeiro trimestre do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização consolidado (Ebtida) ficou em R$ 937 milhões, alta de 19% sobre o primeiro trimestre de 2012.

A companhia mantém, contudo, sua intenção de se desfazer de ativos considerados não estratégicos, como fez no fim do ano passado, com a venda de duas empresas de tratamento de água. Outras duas empresas de resíduos estão em negociação para a Odebrecht Ambiental. A distribuidora de produtos químicos quantiQ também foi colocada à venda desde o ano passado.

Fadigas afirmou que a Braskem deverá manter investimentos da ordem de R$ 2,2 bilhões para este ano para expansão orgânica, mas não quis comentar se a empresa está em negociação para a compra de ativos de PVC da belga Solvay Indupa no Brasil e na Argentina.

No primeiro trimestre, as centrais produtoras da petroquímica no Brasil passaram a operar a 90% de sua capacidade total. No quarto trimestre, as centrais do grupo operavam a 82% da capacidade. Segundo Fadigas, a companhia também registrou aumento de um ponto percentual de participação no mercado, totalizando uma fatia de 71% no mercado interno. “Trabalhamos para avançar em “market share” desde o ano passado”, disse Fadigas. Em 2011, a petroquímica detinha 65% de participação. A empresa está perdendo fatia para os produtos importados.

Fonte: Valor Econômico

 

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