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Odebrecht gera processo competitivo pelo controle da maior fabricante de resinas termoplásticas das Américas

A Odebrecht anunciou a venda da sua participação na Braskem na última sexta-feira após o fechamento da bolsa.

Mais um novo ciclo da petroquímica brasileira, muito diferente dos anteriores está se iniciando,  pois o capital privado nacional sairá da Braskem, assim como a participação estatal da Petrobras também sairá. Este novo contexto de mercado deve gerar grandes mudanças para o setor.

A ideia da Odebrecht S.A é  gerar um  processo competitivo no mercado pelo controle da maior fabricante de resinas termoplásticas das Américas.

Embora a preferência seja por encontrar um comprador estratégico para a totalidade de suas ações, a controladora também vai olhar outras alternativas que tragam “liquidez e valorização”.

Assim, a depender do preço que a ação da petroquímica alcançar, a holding poderia vender em bolsa sua posição.

“Vamos perseguir a venda a um comprador estratégico, mas essa não é a única alternativa”, disse ao Valor o diretor financeiro da ODB, Marco Rabello.

A Odebrecht comunicou a Braskem sobre a iniciativa na sexta-feira à noite e mandatou o Morgan Stanley para assessorá-la na operação, conforme informou o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

A petroquímica informou em fato relevante o recebimento da correspondência.

A Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, também planeja vender suas ações, em operação que pode se dar no Novo Mercado da B3. Para valorizar o passe, tem buscado junto à sócia ampliar os poderes de sua fatia e aprimorar a governança corporativa da petroquímica. No mercado, há expectativa crescente de que a companhia possa ser transformada em uma corporação “pura” a partir da venda das ações detidas pelas duas maiores acionistas em bolsa.

Neste momento, a avaliação da Odebrecht é a de que a venda de sua fatia pode ocorrer em até três anos. Diferentemente das negociações conduzidas somente com a LyondellBasell, a proposta é de abertura de processo competitivo e estruturado. “A venda da Braskem é uma etapa relevante no atendimento aos credores, traz liquidez e valor para a Odebrecht e atende à necessidade de outros acionistas”, disse Rabello.

Hoje, o valor de mercado da Braskem é de cerca de R$ 18,6 bilhões, bem abaixo dos R$ 48 bilhões que chegou a valer no auge das negociações entre Odebrecht e Lyondell. Nesses termos e sem considerar prêmio de controle, a Odebrecht levantaria R$ 7,1 bilhões com a venda da totalidade de sua participação.

O grupo baiano tem 38,3% do capital total da Braskem e 50,1% do votante. A Petrobras tem 36,1% das ações, e 47% das ONs.

Conforme fontes próximas às conversas, Odebrecht e Petrobras seguem discutindo a migração da Braskem para o Novo Mercado, o que se refletiria em valorização da companhia e numa porta de saída para a estatal. Apesar de não ter pressa e reconhecer que o valor de mercado atual é baixo, a Petrobras tem indicado que prefere resolver o assunto com mais velocidade do que no caso de venda a um comprador estratégico. As conversas sobre o Novo Mercado estão “maduras”, apurou o Valor, mas a estatal poderia vender seus papéis mesmo sem a potencial migração.

Nos próximos meses, será acertado o cronograma de venda das ações detidas pela Odebrecht.

Alagoas e o ciclo de baixa prolongado da petroquímica ajudam a explicar a desvalorização da Braskem na B3. Ciente desse cenário, a Odebrecht não pretende apressar o processo de venda da companhia – não há consenso quanto à duração do ciclo de baixa, que pode persistir por mais de um ano a partir de agora.

FONTE: VALOR Econômico

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