20 de fevereiro de 2014
Em entrevista, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) afirma que a desoneração possibilitou uma redução de 0,5% no custo da mão de obra, valor totalmente absorvido pelo aumento de aproximadamente 3% no custo do produtor com a compra de matéria-prima. Os insumos representam 50% dos custos produtivos do setor de transformados plásticos, segundo a entidade.
“Neste período, os possíveis ganhos ou reduções no custo do transformador de plástico decorrente da desoneração da folha foram absorvidos pelo aumento do preço de uma das principais matérias-primas utilizadas pelo setor”, destacou em nota o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho. O polietileno representa 39% do total de resinas termoplásticas consumidas no Brasil.
A despeito da elevação de seis pontos porcentuais na alíquota de importação do PE, em vigor a partir de outubro de 2012, a indústria brasileira de material plástico abriu 3.850 vagas em 2012, número que subiu para 4.888 postos no ano passado. Ao final de dezembro, a indústria de transformação plástica era composta por 352.704 empregados formais.
“Para que os efeitos positivos relacionados à medida de desoneração da folha sejam majorados, entendemos que ela deve tornar-se perene, para que o empresário tenha certeza de que pode alterar sua estratégia de contratação”, ponderou Roriz.
A desoneração da folha de pagamentos substituiu a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamentos para uma cobrança de 1% sobre o faturamento. Apesar da redução do custo com o pagamento dos funcionários, a produção do setor cresceu menos de 2% em 2013, situação que deve se repetir neste ano, conforme estimativas da Abiplast.
Publicado em: 19/02/2014
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