07 de julho de 2022
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Abiplast assinou um convênio com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para criar uma solução de rastreamento digital
A indústria brasileira do plástico, por meio da entidade que a representa, a Abiplast, assinou um convênio com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para criar uma solução de rastreamento digital de resíduos plásticos, desde o momento de seu descarte até a etapa final de reciclagem, comprovando de forma mais eficiente a circularidade do material.
Pelo acordo, que tem prazo de dois anos, a ABDI será gestora e financiadora do projeto. Já a execução ficará com a startup Central de Custódia, que fará a aferição da logística reversa dos materiais analisados na plataforma.
A tecnologia, voltada a recicladores, transformadores e empresas que aderiram à logística reversa e ações de gerenciamento de resíduos, começou a ser desenvolvida no mês passado. As primeiras funcionalidades estarão disponíveis em dezembro.
A partir do uso da ferramenta, diz a Abiplast, será possível emitir um Certificado de Economia Circular do plástico, comprovando sua reutilização e garantindo que os dados são confiáveis.
“Essa solução vai nos permitir criar um indicador de circularidade robusto e mais claro quanto às informações sobre o plástico a partir do momento do descarte, além de mapear todos os agentes da cadeia produtiva em relação a critérios sociais e de governança”, afirma o diretor-superintendente da entidade, Paulo Teixeira.
Para a Abiplast, ao inserir os recicladores no projeto, que não estão previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), será possível valorizar a resina reciclada e demonstrar sua relevância. “Monitorar a cadeia e agregar a ela rastreabilidade, dados e informações regionalizadas de resíduos e de sua reintrodução no mercado, com segurança e transparência, é também possibilitar avaliar gargalos e oportunidades para sua melhoria”, afirma Teixeira.
sse é o segundo convênio entre Abiplast e ABDI. O primeiro, de 2020, refere-se ao projeto de gestão de resíduos sólidos urbanos e logística reversa. Esse acordo, segundo o executivo, demonstrou que havia oportunidades de incorporar inovação e tecnologia à cadeia de gestão de resíduos e logística reversa no país.
Fonte: Valor Econômico