05 de agosto de 2015
O Setor de Transformados Plásticos é um dos que mais gera empregos no Brasil. São 352 mil colaboradores formais, atuando em 11.590 empresas, gerando emprego, renda e receita para os cofres públicos com um faturamento de R$ 59,2 bilhões ao ano.
Somos certamente um dos principais protagonistas do desenvolvimento do país, tornando-o país mais competitivo, moderno, beneficiando o crescimento de diferentes setores econômicos, como o automotivo, alimentação, construção civil, entre outros.
Somos também um dos mais penalizados. Apesar de defendermos a livre concorrência e competirmos com um cenário cada vez mais globalizado, nossos insumos não seguem a mesma lógica, pelo contrário sobem a cada dia sem qualquer critério coerente.
Por conta disso, entre outras questões, amargamos uma queda de 2,7% em nossa produção no ano passado, com previsão de crescimento em 2015 em 1%, segundo as previsões mais otimistas (Abiplast).
99% das nossas empresas estão voltados ao mercado interno e não temos desova. O custo Brasil nos impede de afrontar a concorrência internacional. Estamos muito quietos, precisamos agir.
A situação se agrava a cada dia, a economia está parada, vivemos em compasso de espera tentando entender como nos mover, cortando custos, realizando reengenharias financeiras para nos manter em operação.
Mas a crise de confiança no Governo não pode abalar a confiança em nosso potencial. Precisamos reagir e nos mobilizar em prol da virada deste jogo.
Os recentes reajustes das tarifas de energia elétrica e bandeira vermelha, o aumento de preços das matérias-primas e o aumento da carga tributária devem ser repassados ao mercado com urgência. Não existem condições de absorção desses custos em nosso setor que já está tão fragilizado.
Como empresários precisamos reagir e como entidade de classe estabelecer alianças com outras representações empresariais, visando a união e a integração em prol dos interesses comuns. É momento que associativismo é uma força, onde um caminho em comum pode ser trilhado por todos nós.
Presidente do Simpep – Denise Dybas Dias