10 de dezembro de 2015
Podemos dizer que o ano se encerra com o clamor da sociedade sendo ouvido com a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que sinaliza alguma esperança para que o mercado volte a reagir.
Entretanto, para nós, até que tudo retorne ao eixo, o melhor a fazer é manter-se otimista mas com o pé no freio, buscando sempre a cautela para evitar que o clima de final de ano e início do ano novo não influencie em nossas decisões de investimentos e despesas, bem como prorrogação de dívidas e compromissos assumidos.
O momento é de planejar bem a nossa atuação em 2016 e principalmente formar bons times de trabalho, influenciando positivamente colaboradores, gestores e stakeholders para o momento futuro.
Pela primeira vez na história deste País, o setor produtivo está sendo visto como aliado verdadeiro ao desenvolvimento econômico. No Paraná, o desemprego nos últimos 12 meses atingiu a 50 mil trabalhadores das fábricas, diante do travamento do mercado gerado em especial pelos escândalos de corrupção e erros na condução da política econômica.
Em 12 meses, até outubro deste ano, a indústria brasileira já tinha cortado 557 mil postos de trabalho no País, o equivalente a 40% de todas as demissões promovidas por todos os setores.
E a indústria já recorreu a todas as medidas para evitar os cortes de pessoal, com instrumentos como férias coletivas, banco de horas, suspensão de contratos de trabalho (layoff) e redução de jornada e salários. Fato que deve elevar a projeção de demissões para 2016.
Ou seja, nossa responsabilidade social é tremenda e estamos literalmente segurando nas costas o nosso País.
A sociedade despertou e com isso a iniciativa privada ganha respaldo, os movimentos percebem a necessidade de dar sustentação para as forças produtivas, com mais investimento em infraestrutura e políticas de desoneração fiscal.
Estamos mais mobilizados do que nunca e é hora de cobrar de nossos governantes, dia a dia, maior transparência e eficiência na gestão pública.
Como entidade, representamos o único canal possível para dar voz uníssona as nossos pleitos e gerar maior força em nossas reinvindicações.
2016 será o ano em que o associativismo desempenhará um papel estruturante em diversos setores da economia do Brasil.
Contamos com a participação de todos vocês para que esta realidade se concretize também no segmento dos transformados plásticos.
Um ótimo Final de Ano, com votos de prosperidade em 2016.
Presidente do Simpep – Denise Dybas Dias