18 de maio de 2015
Com o desafio de implantação da logística reversa no Paraná, o Simpep se reuniu com outros sindicatos industriais que integram o projeto da Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), para uma apresentação dos resultados alcançados pela iniciativa até o momento e reforçar a necessidade de adesão e ampliação do projeto no estado.
O evento, que aconteceu na sede da Fiep, no dia 31 de março, também com contou com a presença de autoridades e representantes dos sindicatos e associações que participam da iniciativa, como as indústrias de bebidas (Sindibebidas), do leite (Sindileite), de papel e celulose (Sinpacel) e da mandioca (Simp), entre outras, representando mais de 100 empresas.
A presidente do Simpep, Denise Dybas Dias, lembrou que o Sindicato do Plástico do Brasil é o único do Brasil a oferecer aos seus associados um programa completo de Logística Reversa, por meio da CVMR .
“O setor é composto 70% por pequenas e médias empresas, sendo assim muitas não possuem recursos para elaborar o seu próprio plano de logística reversa, sendo assim a CVMR é um recurso oferecido pelo Simpep aos associados, que além de subsídios, podem também garantir o cumprimento de uma importante função social, que beneficia diretamente cerca de 550 catadores, em um raio de abrangência de 100km”, ressalta a presidente do Simpep.
Segundo ela, o Simpep vem realizando esforços constantes s também e fazendo alianças também com outros sindicatos, associações e federações de nosso setor e de outros segmentos, de forma a potencializar nossa capacidade de influenciar decisões sobre temas diversos, que mesmo não sendo exclusivos do setor de transformação do plástico, impactam decisivamente em nossas indústrias.
Outro ponto destacado no evento pelo presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, é o cumprimento Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) . Ele falou da responsabilidade de todos os setores produtivos com a logística reversa e com o meio ambiente. “Existe uma questão de ordem legal, que se as empresas não buscarem soluções, podem incorrer em multas, mas existe principalmente a consciência de que a indústria tem responsabilidade na questão dos resíduos sólidos”, disse.
DADOS DO PROJETO CVMR
Aprovado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Ministério Público, o projeto tem investimento privado previsto de R$ 22 milhões até 2016, quando se encerra a sua fase de implantação, iniciada em abril de 2012, com a operação de sua primeira unidade instalada em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Contabilizando mais de 7 mil toneladas de materiais recicláveis processados, a meta é expandir para o interior do estado, encerrando a fase de implantação a no próximo ano, com a adesão de novas entidades.
Está prevista a implantação de novas centrais em Maringá, Londrina ( 2014); Cascavel e Campos Gerais (2015); Guarapuava e Francisco Beltrão (2016). Cada central tem condições de atender municípios em um raio de até 100 quilômetros de distância, por meio de convênios com as associações de catadores locais.
“A operação da CVMR está acontecendo, trata-se de uma ferramenta ao alcance de todos os setores produtivos do Paraná, não é um caminho isolado, existem outros, mas este já tem uma metodologia e um trabalho estruturado para avançar, basta a conscientização de todos e a responsabilidade compartilhada para que a inciativa cresça e possa contribuir de forma mais significativa ainda com os processos de logística reversa em nosso estado”, destacou Luiz Roberto dos Santos, executivo do Simpep, que também é gestor representante das empresas que participam do projeto.
“A destinação de embalagens é um coisa ampla e é importante que os setores estejam envolvidos para que a solução seja compartilhada” destacou o presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas do Paraná Sindibebidas, Nilo Cini Junior.
COMO FUNCIONA? Além de beneficiar o meio ambiente, a CVMR tem ainda um forte componente social, pois estimula o associativismo e melhora a renda dos catadores. São eles que recolhem as embalagens e levam para as associações, onde é feita a primeira triagem. A Central, que fica num raio de 100 quilômetros das associações, faz a comercialização direta do material, eliminando os atravessadores. O lucro é dividido entre os catadores.
Atualmente, 550 catadores têm uma renda média mensal de R$ 1.200,00. São 31 associações que participam do projeto através da Rede CataParaná.