17 de agosto de 2012
Biofilmes
Cientistas descobriram uma nova classe de plásticos que não permite a adesão de bactérias.
Esses novos materiais poderão ajudar a reduzir significativamente as infecções hospitalares e problemas em equipamentos médicos.
As bactérias formam colônias, conhecidas como biofilmes, que afetam diversos equipamentos médicos, como catéteres venosos e urinários, além de recobrir áreas comuns, do chão ao teto, passando por camas e outros mobiliários.
Essas comunidades bacterianas protegem os microrganismos contra as defesas naturais do organismo, contra os antibióticos e contra materiais de limpeza.
Plástico antibacteriano
Os pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, criaram um revestimento de polímero – uma espécie de plástico – que impede a fixação das bactérias e, por decorrência, a formação dos temidos biofilmes.
“Este é um grande avanço científico. Nós descobrimos um novo grupo de materiais estruturalmente similares que reduzem dramaticamente a fixação de bactérias patogênicas, como Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Escherichia coli,” diz o Dr. Morgan Alexander, coordenador da pesquisa.
Os materiais foram descobertos com a ajuda de uma nova técnica de rastreamento, desenvolvido no MIT (EUA), que permite a comparação das características de vários tipos de materiais.
“Nós analisamos milhares de materiais utilizando esta abordagem de alto rendimento, levando à descoberta de novos materiais resistentes à fixação bacteriana. Isto não poderia ter sido feito utilizando técnicas convencionais,” disse o pesquisador.
Melhor que prata
Os novos plásticos inibem a formação do biofilme em seu estágio inicial, quando uma bactéria individualmente tenta se fixar.
Os testes mostraram uma redução do número de bactérias sobre a superfície de 96,7% em comparação com os revestimentos à base de prata usados nos catéteres atualmente.
O material também foi eficaz contra as bactérias em um modelo de infecção em implantes, usando camundongos.
Sendo possível evitar a fixação da bactéria, o próprio sistema imunológico pode matar os indivíduos, antes que eles tenham a oportunidade de formar biofilmes.
Fonte: Diário de Saúde