17 de abril de 2012
A PetroquímicaSuape (PQS) deverá iniciar a operação de sua primeira fábrica, em agosto deste ano. Integrado por três indústrias (PTA, PET e POY), o complexo deveria ter inaugurado a unidade de PTA desde dezembro do ano passado. Paralisações na obra por conta de movimentos grevistas e excesso de chuva são dois dos motivos apontados pela diretoria da empresa, para precisar esticar o cronograma.
Além do atraso, o projeto também sofreu aumento no valor projetado do investimento, que saltou de R$ 4,9 bilhões para R$ 6 bilhões. O presidente da PQS, Richard Ward, explica que os reajustes e benefícios reivindicados pelos operários nas greves do ano passado, pressionaram o investimento. “E também precisamos fazer melhorias nos projetos das fábricas, que demandam um alto conteúdo tecnológico e são de grande complexidade”, observa.
A unidade de PTA (matéria-prima usada para fabricar resinas PET) terá capacidade para produzir 700 mil toneladas por ano. Pelo menos 85% da produção será consumida pela própria PQS e o restante será destinado ao mercado nacional. Para este ano, as inaugurações ficarão limitadas à unidade de PTA. A previsão é que a fábrica de PET só entre em funcionamento em fevereiro do próximo ano e a de POY (filamentos têxteis de poliéster) em dezembro de 2013.
Com capacidade para produzir 450 mil toneladas de resinas PET por ano para a fabricação de embalagens e a indústria têxtil, a indústria será concorrente da italiana Mossi & Ghisolfi (instalada em Suape desde 2007). A M&G produz uma média de 500 mil toneladas por ano. “Para esse produto, nossa estratégia não é fornecer apenas para o mercado doméstico. Queremos comercializar o PET também em países da América do Sul, como Colômbia, Venezuela, Argentina, Paraguai e Uruguai”, revela.
A unidade de fios têxteis também está atrasada. A previsão era colocar em operação, ainda em 2011, 64 máquinas de texturização de fios, mas apenas cinco estão em funcionamento. A nova previsão é que 22 operem até o final deste ano.