19 de setembro de 2025
A indústria química da Europa atravessa um período de retração. De acordo com estudo recente do Conselho da Indústria Química Europeia (Cefic), a rentabilidade do setor tem sido comprometida pela combinação de demanda em queda e altos custos de energia, cenário que contrasta com a expansão de 24% registrada em 2024.
Segundo o levantamento, a capacidade produtiva opera atualmente 9,5% abaixo da média de 2014 a 2019, refletindo principalmente a perda de competitividade em áreas dominadas pela China, como os petroquímicos e materiais commodities.
O relatório aponta ainda que a recuperação depende de uma retomada mais consistente da economia europeia, o que parece distante diante do enfraquecimento do consumo na zona do euro. No comércio exterior, o primeiro semestre de 2025 trouxe desequilíbrios:
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Exportações europeias de químicos cresceram apenas 0,5% em relação ao mesmo período de 2024;
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Importações aumentaram 5,4%, com destaque para os embarques da China (€ 17,1 bilhões), EUA (€ 15,8 bilhões) e Reino Unido (€ 9,8 bilhões).
Além disso, a Europa tem liderado o fechamento de unidades petroquímicas no mundo, reflexo da perda de competitividade e da tentativa de ajustar o excesso global de produtos como polipropileno e polietileno.
Um exemplo recente é a cogitação da ExxonMobil em vender parte de suas operações químicas no continente, avaliadas em cerca de US$ 1 bilhão, incluindo ativos na Bélgica, Inglaterra e Escócia.
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